quarta-feira, 20 de abril de 2011

Síndrome de Ondine

Como é bom dormir feito um anjinho!
  A respiração é um dos processos mais fundamentais que sustentam a vida. É um processo tão automático que na maioria das vezes, as pessoas não têm consciência que estão fazendo. Mas isto não é uma regra a todas as pessoas.
       A Síndrome de Ondine ou síndrome da hipoventilação central congênita (CCHS) é uma doença genética raríssima causada por uma mutação no cromossomo 4, que gera uma desordem no sistema nervoso central, desativando o controle automático da respiração e durante a fase mais profunda do sono e a pessoa simplesmente "esquece" de respirar.
       Mais especificamente, a pessoa quando esta acordada, respira por causa da formação reticular ascendente, mas quando ela está dormindo o centro respiratório assume o controle e regula a respiração através das variações de ph e pO2 e como os pacientes tem um defeito no bulbo, onde está o centro respiratório, eles não respiram enquanto dormem, então acabam ficando sufocados e isso pode levar ao paciente ter sérios problemas de saúde ou mesmo a morte.
        A síndrome foi descoberta há 30 anos e já existem cerca de 400 casos no mundo. Ela aparece de 1 a cada 200 mil nascimentos. A criança com a síndrome têm o desenvolvimento e evolução normal com todos os movimentos preservados, com excessão para o simples fato de a noite não terem consciência que estão com falta de oxigênio.
        As opções de tratamento para essa condição tradicionalmente são poucas. No Canadá foi desenvolvido um pacemaker (marcapasso) que é colocado atreves de cirurgia no nervo frênico que recebe um sinal transmitido por uma antena colocada sobre o corpo para contrair o diafragma. 
       As pessoas com Síndrome de Ondine vivem uma vida normal, só que tem além de tantas coisas para fazer, como qualquer outra pessoa, lembrar-se de RESPIRAR.



                                                                                                                colaboração: Dr. Richard Moraes.
        

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Hidrogênio

- "O que acontece se esfregarmos uma lâmpada embaixo d'agua?"
- "Sairá de lá um hidroGÊNIO!"

Brincadeirinhas aparte :)


Honda FCX Clarity e Estação de hidrogênio em Los Angeles

   Um dos maiores problemas do mundo hoje é o aquecimento global, a maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada por concentrações crescentes de gases do esfeito estufa, como resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação.
   O maior consumidor de combustíveis fósseis são os automóveis e com isso é um dos principais causadores do aquecimento global.
   Combustíveis como o petroléo liberam, dentre outros gases, dióxido de carbono (CO2), um dos principais causadores do efeito estufa e reconhecidamente cancerígeno, principalmente nas grandes cidades.
   Durante anos pesquisadores vêm criando alternativas mais ecológicas para subistituir o uso de combustiveis fósseis em automóveis. Aí que surge a idéia do gás de hidrogênio, que é a ideia mais bem sucedita até agora.

   O H2 é capaz de reagir com a maioria dos elementos e sua detonação gera energia similar à do petróleo, com a vantagem de a resultante de sua combustão ser H2O. Isso mesmo: água, e não gás carbônico! 
   
Como Funciona:
  O carro a hidrogênio não polui porque não queima combustível. Seu motor "arranca" energia elétrica do hidogênio por meio de reaçoes químicas limpas. Nesse automóvel, uma célula ( ou pilha ) combustível realiza o inverso da eletrólise, combinando átomos de hidrogênio e de oxigênio. O processo produz vapor d'água e uma corrente elétrica. 

Vantagens:
  •    Existe fornecimento ilimitado de hidrogênio - o hidrogênio é o elemento mais abundante no universo e o décimo elemento mais abundante na Terra;
  •   O hidrogênio é renovável - quando o hidrogênio reage com o oxigênio, o subproduto é a água (H2O), que pode então ser hidrolisada (separando-se em suas peças componentes) para render mais hidrogênio;
  •   O hidrogênio é queima limpa - ao contrário da queima de combustíveis fósseis, a combustão do hidrogênio não produz nenhum poluente nocivo ao meio ambiente;
  •   O hidrogênio pesa menos e gera mais potência do que combustíveis baseados em hidrocarboneto;
  •   É mais eficaz, enquando um motor elétrico transforma em energia mecânica quese 100% da energia que produz, um motor a explosão converte em energia de movimento menos de 30% da energia gerada pela queima do combustível. 
  •   O hidrogênio queima mais rapidamente (e a uma temperatura mais baixa) que a gasolina convencional.
   As vantagens do carro a hidrogênio são imensas, mas algumas dificuldades precisam ser vencidas para que possa subtituir os veículos convencionais. Já existem diferentes protótipos de veículos a hidrogênio (fabricados pela GM, Honda, Toyota, Renault e Daimler-Benz), porém o armazenamento do combustível é feito na forma gasosa ou líquida, o que, além de não ser completamente seguro, implica altos custos, este é um problema que deverá ser driblado e já podemos ir nos acustumando com a ideia, pois estes são os carros do Futuro!

Para Saber Mais:
  • O custo por km rodado de um automóvel movido a hidrogênio gira em torno de R$ 0,24 e R$ 0,32. Para sua referência o custo do km rodado à gasolina comum é R$ 0,21.
  • O HydroGen 1, carro desenvolvido pela GM, pode chegar a uma velocidade máxima de 140km/h.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Felicidade Interna Bruta


"Alguns procuram a felicidade, outros a criam."


    O conceito de Felicidade Interna Bruta nasceu em 1972, em um pequeno país do Himalaia, quando o rei questionou se o Produto Interno Bruto seria o melhor índice para designar o desenvolvimento de uma nação.
    Desde então, o reino do Butão começou a praticar esse conceito e atrair a atenção do resto do mundo com a sua nova fórmula para o cálculo de riqueza de um país, que considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.
Através dos quatro pilares da FIB, economia, cultura, meio ambiente e boa governança, derivam-se 9 domínios de onde são extraídos indicadores para que a “Felicidade” de uma nação seja avaliada:

Bem-estar psicológico
   Avalia o grau de satisfação e de otimismo que cada habitante tem em relação à sua própria vida.
   Os indicadores incluem a prevalência de taxas de emoções tanto positivas quanto negativas, como os sentimentos de egoísmo, inveja, calma, compaixão, generosidade e frustração.  O estresse, as atividades espirituais, a auto-avaliação da saúde, física e mental, também são analisados.

Meio Ambiente
   Mede a qualidade da água, do ar e do solo e a biodiversidade. 
   Os indicadores incluem o estado dos recursos naturais, as pressões sobre os nossos ecossistemas, a diversidade e resiliência ecológica.

Saúde 
   Os indicadores de status de saúde incluem a auto-avaliação da saúde, invalidez, as limitações para atividades e a taxa de dias saudáveis. Os indicadores dos fatores determinantes de saúde incluem padrões de comportamento arriscados, exposição a condições de risco, status nutricional, práticas de amamentação e condições de higiene. O sistema de saúde é medido a partir do ponto de vista da satisfação do usuário em diversas dimensões, tais como amabilidade do provedor, competência, tempo de espera, custo, distância e etc.

Educação
   Essa categoria indica o ritmo de crescimento das taxas de alfabetização e do acesso às escolas e faculdades, além de avaliar a eficácia da educação em prol da meta do bem-estar coletivo.
   O domínio da educação leva em conta vários fatores, tais como: participação, competências, apoio educacional, entre outros. Esse domínio inclui no seu escopo a educação informal (competências nativas, técnicas tradicionais orgânicas de agricultura e pecuária, remédios caseiros, genealogias familiares, conhecimento sobre a cultura e história locais).

Cultura
   O domínio da cultura leva em conta a diversidade e o número de instalações culturais, padrões de uso, diversidade no idioma e participação religiosa. Os indicadores estimam valores nucleares, costumes locais e tradições, bem como a percepção de mudanças em valores e tradições.

Padrão de vida
   Avalia a renda per capita e a qualidade dos bens e serviços disponíveis à população.
   O domínio do Padrão de Vida cobre o status econômico básico dos cidadãos do país. Esses indicadores avaliam os níveis de renda ao nível individual e familiar, medem a segurança financeira, o nível de dívidas, a qualidade das habitações e o montante de assistência em espécie recebida por familiares e amigos.

Uso do tempo
   Avalia a possibilidade que cada um tem de escolher como aproveitar seus dias.
   Os indicadores devem mostrar o tempo que a população dedica ao trabalho, à família e à cultura, considerados fundamentais para a sensação de bem-estar das pessoas.

Vitalidade Comunitária
   O domínio da vitalidade comunitária foca nas forças e nas fraquezas dos relacionamentos e das interações nas comunidades. Ele examina a natureza da confiança, da sensação de pertencimento, a vitalidade dos relacionamentos afetivos, a segurança em casa e na comunidade, a prática de doação e de voluntariado. Esses indicadores possibilitarão aos formuladores de política pública rastrear as mudanças nos efeitos adversos para a vitalidade comunitária.

Boa Governança
   Avalia como a população enxerga o governo; ver se ele passa a imagem de que respeita características como responsabilidade, honestidade e transparência.
   Os temas desses indicadores incluem liderança em vários níveis do governo, na mídia, no judiciário, na polícia e nas eleições.

   Atualmente, existem diversas discussões em torno da revisão do cálculo da riqueza de um país. O PIB é uma medida quantitativa, e não qualitativa, não leva em conta a distribuição da renda e não inclui nenhum julgamento moral sobre o valor da atividade executada (a não ser excluir atividades ilegais, como o tráfico de drogas). Então, por exemplo, a limpeza de um acidente nuclear contribuiria para o PIB da mesma maneira que a produção de energia solar. Quando o petróleo é extraído do solo e vendido aos consumidores, isso é somado à riqueza de uma nação, e não contabilizado como um esgotamento de seus recursos.
   Mas e aí, o que realmente importa?!